quarta-feira, 24 de abril de 2013

700km depois... vento e barulho.


    Então, pessoas, 700km depois de montar a Intruder 125cc pela primeira vez, 100km antes de mandar pra primeira revisão, acho que eu devo ao menos relatar minhas experiências iniciais.
    Primeiro, eu sou n00b mesmo. Não tenho ainda prática com motocicletas. Ainda que tenha vivido dois terços da minha vida transpondo distâncias sobre duas rodas, isso não me qualifica pra porcaria nenhuma.
    Bom, como já foi dito a posição de pilotagem é excelente. O banco está perto o bastante do chão para que meus joelhos estejam semi-flexionados quando os pés estão no chão, salientando que tenho pouco menos de 1,80m.. Estacionar é fácil assim.
    Quanto a curvas e conversões na cidade, só elogios. Esse lance da motoca ser baixa confere uma estabilidade massa tanto em curvas cotovelo como nas conversões. Não senti as costas, já que a suspensão distribui muito bem o impacto e nada lança a pancada dos buracos na minha coluna vertebral. A sensação de velocidade é ótima também.
    Agora gostaria de falar sobre as arrancadas e ultrapassagens. Ela não é nenhuma sportster nem uma GSX, mas é uma motocicleta confiável. Em espaços urbanos realizo as ultrapassagens sem problema. Sinto que a pouca potência está em harmonia com o peso baixo da moto, e sempre que reservo a potência certa para uma ultrapassagem, realizo com segurança e sem esgoelar. Na estrada percebi que a danada vai bem em retas e trechos planos. Como era de se esperar, subidas de nível são mais lentas. Mas tenho uma confissão a fazer aqui: eu sou um cagão.
    Explicando: Trechos de rodovia exigem uma velocidade elevada e um ritmo bem diferente da cidade. Em pista simples é preciso torcer a munheca sem piedade. Até aí eu fui, mas oque me deixa mais tenso ainda é o arrasto dos veículos grandes. Caminhões baú, caminhões pesados carregando sei-lá-o-que, esses caras produzem dois efeitos que me deixaram zuado. Um é um turbilhão de vendo na frente, quando quebram o ar no para-brisa. Se estão sendo ultrapassados ou estão me ultrapassando na pista ao lado, lá pelo meio do cavalo antes da carreta, tem um vento da porra. Esse mesmo efeito acontece no fim da carreta, quando estamos entrando na lateral do caminhão ou quando ele acaba de nos passar.



Sem zona, tremi as perninhas depois dos dois primeiros caminhões que me podaram numa baixada. Sacumé né? Os caras precisam daquela inércia pra retomar a subida e como a massa deles é pouca coisa maior que a da moto, dá um gás loco além de fazer o tal turbilhão com grande fúria. Eu sabia disso quando fui pro trecho, mas não tinha saboreado o prazer de compartilhar meu guidão com a aleatoriedade daquela maneira. Putamerda queria mais 100kg de moto só naquela hora. Parecia que a roda traseira ia sair do chão. Em momentos assim costumo reduzir a velocidade para não virar o saci. Não é bom.
(vento tenso né? sei como é.)

    Nisso percebi coisa que já haviam me dito antes. É preciso deixar a moto balançar mesmo. Eu tinha que manter a moto longe do acostamento e do caminhão, mas deixar ela dar aquela dançadinha pra não virar uma pipa. Sobre vento então, crianças, aviso mais uma coisa importante, que é NÃO USAR JAQUETA COM GORRO NA ESTRADA. Tive que parar logo no primeiro quilômetro pra enfiar na gola aquela merda. Virou um pára-quedas e deu a impressão de ter um garupa tentando arrancar minha cabeça. Não usem laqueta de gorro na estrada. Escondam o gorro a todo custo nestes casos.
    Basicamente a falta de peso da moto nesses casos é o único problemas que detectei. Ela puxa bem na rodovia, mantendo um bom ritmo com carros e principalmente os caminhões e ônibus.
(é assim que vejo caminhão na rodovia)

    O barulho do motor tem sido de boa pra mim. Na rodovia o vento realmente abafa o berro do escape e aquele "BÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉ" não chegou a me incomodar. Na cidade tenho preferido realizar trocas de marcha toda hora pra manter o motor tranquilo e calmo. A 4k de giros não fica ruim não. Coisa que sempre curti na truda é o som. Pra uma 125 é bem de boa. Ouço motocas esgoelando ao meu redor enquanto ela desenvolve muito bem sem fazer escândalos.
    É isso. Tem sido bem econômica pra uma moto que ainda está no ajuste de fábrica e sem amaciar. Com 186km no 1º tanque que levou 9,6L, foi até os 254km no 2º de 7,7L e chegou nos 428km com um 3º de 8,1L. Diz que tá fazendo uns 23km/l na cidade. Deve melhorar agora depois da revisão de 800km, quando supostamente o carburador leva uma nova regulagem e tal. Devo acrescentar que nesses últimos dias fez frio e eu mandei bronca no afogador. Um par de quadras com ele puxado.

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