O material utilizado até o momento foram duas lixas (eu devia colocar o tipo de lixa aqui, mas esqueci), a tal lata de tinta spray para plásticos branca, fita adesiva e sacos de mercado para proteger o interior do capacete e eventuais partes que não possam ser retiradas e por fim o referido capacete, que nesse caso foi um F-17 capeta, desses de cinquentão.
Como eu disse, tinta branca. Pra caralho!!!
E em mim também. Esqueci de luva e máscara. Taióbão...
A etapa seguinte envolve canetas para retroprojetor e o máximo de minhas parcas habilidades artísticas.
O procedimento inicial foi de retirar a viseira (uma chave philips deu conta do recado) e o forro do capacete. Interessante notar que o forro desse modelo é uma casca de isopor com espuma e tecido bem safados arrematados com aquela fita adesiva marrom-cocô-mole que se usa pra fechar caixas de papelão. E é colado na parte plástica com um ou dois pontos de cola ainda mais mequetrefe que se soltaram com um pequeno empurrão. A única parte que não sairia sem estragar foi a da orelha, a parte que parece um headphone. A tira jugular vai rebitada do casco externo bem naquela parte, então para retirar aquela parte de espuma e tecido seria necessário rasgar ela inteira. Preferimos tacar fita adesiva e plástico por cima para proteger essa parte. Depois de retirar oque deu, as lixas trabalharam pela primeira vez, no caso apenas tornando áspera a pintura. Lixei em círculos toda superfície do capacete para que recebesse melhor a tinta do spray.
O selo do IMETRO também rendeu um capítulo aparte. Como é de amplo conhecimento, capacete sem aquele selo pode acabar em multa e apreensão da sua Intruder, então tivemos que proteger o referido selo para não arrumarmos problemas com a Lei.
A primeira demão quem deu fui eu. Minha carreira de pintor se resumiu, até hoje, em pintar uma bike quando eu era moleque. E como só tínhamos uma lata de vermelho e outra de branco, eu e meus coleguinhas criamos uma marreca rosa rajada de branco. Até que ficou bom pra um trabalho feito por moleques de sete anos. Mesmo rosa a piazada fazia fila para desfilar aquela magrela pela cidade.
Voltando ao assunto, a primeira demão ficou uma porcaria. Tinha tinta escorrida, porque eu não espirrei os primeiros borrifos antes de ler que se recomenda manter uns vinte e cinco centímetros de distância do bico do spray para o objeto. Espirrei em bem menos que de vinte e cinco. Não façam isso, meninos e meninas. A distância serve para que o spray vire um vapor de tinta, e não um esguicho molhado. A tinta espargida nesse vapor cobre a superfície de forma mais homogênea. Não seria preciso o Shoitão lixar as gotas grossas de tinta no dia seguinte se eu tivesse me atentado a isso.
A segunda demão foi o Shoitão quem deu, e confesso que o acabamento ficou muito superior.
Após secar por dois dias, já que o tempo estava úmido, comecei a fazer os esboços do desenho que irá cobrir o capacete. Será um corvo cabreiro.
Como minha caneta preta de quadro branco tinha acabado, fiz no vermelho mesmo.
Um pequeno teste da caneta de retroprojetor/CD na superfície pintada e estamos prontos para o grande dia. Preto no branco. Preciso achar o vermelho certo para alguns detalhes. Tem que ter vermelho nessa história.
Já estamos perto de confeccionar nosso primeiro capacete personalizado com uma arte exclusiva.
A trilha sonora da etapa de sketching foi essa aqui.
Tem mais desenhado já, mas fica pro próximo post.
Té mais!